MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Os Porcos na tauromaquia..


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Os Porcos

O nome destes bichos provém do latim “porcus” e do grego “porkos” o que nos faz pensar estarem os romanos e gregos muito próximos em porcarias e não ter havido no nosso país, outra hipótese para estes animais senão chamarem-se porcos, pese embora as tentativas de os denominarem por cevados, suínos, ruços, marranos, bácoros e tós.
Os porcos são originários do oriente donde vieram igualmente as pulgas e os piolhos trazidos pelos comerciantes e missionários cristãos, de Bombaim e da Costa do Malabar. Hoje em dia os porcos mais famosos são os Americanos, sendo exportados para quase todo o mundo até mesmo para países onde a carne de porco não é muito apreciada como o Iraque e o Afganistão.
Em Portugal a população porcina está reduzida aos que comem em pias de poder (não confundir com : “do poder”), sejam elas de que tipo forem mas sempre em circuito fechado, e os outros que comem á mão as sobras que lhe dão, que agradecem com   grunhidos engraçados.
Os porcos são uns bichos giros, e digo isto sem olhar a cunhas e sem estar pegado com ninguém, achando mesmo o porco um animal apessoado mas não muito limpo, por isso tornou-se vulgar cada qual pôr-lhe os nomes de inimigos, tal como Salazar, Hitler, Bissaia, Pinto da Costa, Bruno Miguel, Catalão, Cunhal, Sócrates, Cavaco, Alegre, Associação, Xico…
Os porcos não dão a cara tendo tendência a esconderem-se, e é aí reside a minha embirração com estes animais.
Os porcos só dão a mão se lhe mostrarmos um cesto de milho, umas folhas de couve ou um punhado de ração, e nesse caso não se escondem nem fogem, seguem atrás de quem os beneficiou e grunhem…
Os seus grunhidos até têm graça, mas perdem-na pela substância pícara.
Com tudo isto, afirmo hoje e agora que mesmo assim gosto de porcos, que além de fazerem muita merda que serve para enriquecer as terras, deixam-se comer desde a unha á ponta do focinho; mas chamo a atenção para os tomates que podem surgir anunciados traiçoeiramente em restaurantes como “brincos de princesa” ou “sonhos de freira” , para iludir alguns...  
A natureza marcou-os com uma pila fina e de formato sacarolhas, ridícula, que terá porventura reflexos no feitio retorcido de alguns exemplares, próprio de complexados.
Os problemas dos porcos são o não dar a cara senão depois de mortos, e mesmo assim, não a dão inteira, aparece sempre retalhada em faceira, orelheira e beiça,  havendo ainda a destacar a forma como mordem pela calada, distinguindo-se de outros animais que de cara a cara dão a sua dentada.

Um porco se fosse empresário taurino, não compreenderia o verdadeiro papel da imprensa da especialidade, e tentaria de qualquer forma sabotar quem não dissesse Àmen ou influenciar em conformidade.
Um porco se dirigisse qualquer tipo de organização, associação ou afins, usaria por marretice por exemplo, o seu poder de forma indiscriminada sem olhar a interesses globais, em função da visão limitada pelas orelhas.
Termino afirmando que cientificamente, é difícil encontrar um animal que em diversos aspectos comportamentais e não só, mais se pareça com os homens… todavia mais com uns que com outros.

“Se queres conhecer o teu corpo, abre o teu porco”. Quanto mais não seja, basta atender a este refrão popular, para concluirmos que todos temos qualquer coisa de porco…