"Estamos perto do Natal: haverá luzes, festas, árvores iluminadas, presépios… mas é uma farsa. O mundo continua a fazer as guerras. Não escolheu o caminho da paz", lamentou o Papa Francisco, na homília da missa matinal".
Há poucos dias falava com um amigo que me disse com um ar meio de gozo meio critico: "Está a chegar o Natal, já estou á espera daquelas tuas crónicas de critícas virulentas ao Natal". Eu repostei-lhe que as criticas não eram ao Natal mas sim á hipocrisia.
Disse Friedrich Nietzsch : "Os homens preferem adorar o nada e a mentira a nada adorar, pois para eles qualquer hábito é melhor do que não ter nenhum hábito."
Poucas datas comemorativas despertam tanto o lado sádico das pessoas como o Natal. Em tese, essa época seria de reflexão sobre a conjuntura social do planeta, objetivando a criação de políticas sociais, humanas, que propiciem a igualdade, a fraternidade e, sobretudo, a liberdade dos homens. Na prática nada disso é observado além de alguns axiomas vagos sobre uma solidariedade mal definida.
Penso que no natal vive a hipocrisia em abundancia. Muitas pessoas passam o ano inteiro brigando, desentendendo-se, odiando-se parece que não há sentimentos como compreensão, perdão, empatia, compaixão revelando-se a maioria das pessoas em gente egoísta, fechada, preocupadas apenas com suas próprias vidas e seus interesses. E de repente fazem crer que vivem noutro mundo, noutras vidas...
Eis que chega o natal, época de grandes abraços e beijinhos. lindos enfeites nas casas, nos jardins, nas ruas, prendas para toda a gente, etc, etc, etc...
É a época de correria na compra de presentes, da tão sonhada viagem de fim de ano, das férias, de ir ver os progenitores aos velhões ( lares de 3ª idade) e levar-lhe uns chinelos quentinhos, um pijama de flanela e um roupão confortável.
Há muito tempo que se perderam os verdadeiros valores do Natal, do seu verdadeiro significado, de todo os sentimentos envolvidos como o amor, esperança, paz no coração, na alma, na família e na sociedade, a magia de ver a família reunida e feliz sem constrangimentos, e comida farta, ou não...
Depois desta dissertação sobre o Natal inspirada nas palavras do Papa Francisco, já estou a preparar-me para a passagem de ano...
